Dica: Jogo do Eu

Bom dia pessoal!

Hoje venho aqui dar uma dica para a prática clínica: o Jogo do Eu!

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Esse é na verdade um livro de autoconhecimento que R D Silva transformou em jogo e eu particularmente gosto, e uso bastante.
O Jogo é um livro com páginas soltas e com isso permitem quem está lendo (ou jogando) a de fato interagir com seus textos de forma prática e bem direta.

A dinâmica dele é simples, e você pode utilizar o Jogo do eu tanto nas sessões, quanto como atividade entre encontros, uma espécie de plano de ação, como chamamos na terapia cognitivo comportamental. Após embaralhar as cartas, a pessoa escolhe aleatoriamente cinco cartas e as lê, devendo escolher apenas uma para praticar e devolvendo as demais para o monte. E isso é bacana, pois o propósito do jogo é que você tenha a oportunidade de interagir com todas as cartas.

O Jogo do Eu é uma experiência que você leva para a sua vida cotidiana, proporcionando vivências de autoconhecimento onde seu objetivo é vencer as suas próprias barreiras.

Utilizo o Jogo do Eu com muita frequência na clínica e tenho um bom feedback dos pacientes. E uma coisa que acredito ser interessante, o Jogo do Eu não se restringe somente a TCC, podendo ser utilizado nas diversas abordagens da Psicologia.

Olha ele aí marcando sempre presença!!!!

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A leitura do Jogo do Eu é na verdade uma jornada! Arrisque-se e viva mais autoconscientemente!

 

Ótima semana e até o próximo texto!

Um abraço,
Ticiana

 

A coragem de ser você

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Oi, pessoal, o texto dessa semana do blog vai ser um pouco diferente, pois trago uma reflexão, mais do que dados concretos.

A ideia me surgiu do cotidiano mesmo, talvez por estar lendo “A coragem de ser imperfeito” de Brené Brown (inclusive o título vem daí), ou também por estar vendo, principalmente nas redes sociais, movimentos de “aceite-se” cada vez mais importantes.

Pessoas como a Rayza Nicácio (@rayzanicacio), a Mirian Bottan (@mbottan), a Carolinie Figueiredo (@carolinie_figueiredo), a Samara Felippo (@sfelippo), a marca aqui de Salvador Quero Bloom (@querobloom), a Iasmine Fernandes do #vamoscachearomundo (@vamoscachearomundo) para citar algumas pessoas que estão fazendo exatamente isso, tendo coragem de serem elas mesmas. Seja assumindo os cachos, o corpo, as ideologias, a rédea da vida, as imperfeições, elas estão se assumindo, e é muito bonito de ser ver.

E por conta de tudo isso, eu te pergunto: você tem coragem de ser você mesmo? De assumir o que você gosta? De assumir as suas decisões? De assumir que você é um ser imperfeito, e está tudo bem. Aliás, a sociedade dita “perfeições”, padrões que nós aprendemos que devemos cumprir, mas tenho percebido que esses padrões estão sendo quebrados. Afinal, a vida é mutável, na época renascentista “as gordinhas” eram o padrão de beleza, nos anos 80 as ombreiras reinavam, no passado alisar o cabelo era ser bonita. E isso está mudando. Por que você também não muda o seu jeito de se olhar?

Porém é importante dizer que se aceitar não é sinônimo de não se cuidar. Às vezes as pessoas tem a falsa ideia de que quando a pessoa se aceita ela “não tem mais trabalho”, se ela assume os cachos, ela não tem mais que ir no salão; se ela assume “as gordurinhas” para que fazer exercício? Não. Não. Não. Se cuidar é necessário até nas suas imperfeições. Exercite-se , cuide-se, ame-se. Mas como você é. E evolua sempre. Busque sempre o seu melhor, e não o melhor para o outro. Assumir quem você é, é fazer de você a pessoa mais importante do seu mundo! Afinal, não é a toa (nem maldade!) que quando as máscaras de oxigênio caem num voo, você deve colocar primeiro a sua, pois como você irá cuidar e ajudar os outros se não estiver bem?

Viva com ousadia!! E aqui trago o inicio do livro de Brené Brown, quando ela diz que viver com ousadia é se entregar por completo, é ser vulnerável, e saber que essa vulnerabilidade  é compreender que o ser humano precisa de vitórias e derrotas. Precisamos ter coragem de viver, de entrar na “arena da vida” sendo nós mesmos. Ser perfeito não existe na realidade, e é um padrão que ninguém nunca vai alcançar. Viver com ousadia é ter coragem de ser você, tomar as rédeas da sua vida e partir para o sua viagem, que é só sua. Tome coragem. Viva!

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Obrigada por ler até aqui e até o próximo texto!

Ticiana.

Técnica A.C.A.L.M.E-S.E

Ansiedade, quem pode dizer que está livre dela? Mas ao contrário do que muitos pensam, a ansiedade é fator estruturante do ser humano. TODOS temos ansiedade. O que difere de algo “normal” ou “disfuncional” é a intensidade e como lidamos com ela.

Por notar que a ansiedade vem se tornando cada vez mais a vilã dos dias atuais, resolvi trazer para a nossa postagem da semana uma técnica que é eficiente para controlar a ansiedade.

A.C.A.L.M.E.-S.E

A técnica foi criada pelo terapeuta cognitivo comportamental e professor Bernard Rangé, e consiste em passos para, como o nome mesmo sugere, acalmar-se. Quando se tem crises de ansiedade, ou alto níveis de estresse, esses passos sugeridos por Rangé irão ajudar a você a manter-se sereno.

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A técnica é composta de 8 passos:

Passo 1: Aceite a sua ansiedade –> isso mesmo. Não lute contra ela. Converse com ela. Aceite que ela está ali por alguma razão. Substitua suas emoções ruins pela emoção de aceitação. Quanto mais lutamos contra algo, mas aquilo cresce.

Passo 2: Contemple tudo a sua volta –> saia de você. Conecte-se com o que está ocorrendo ao seu redor. Você não é a sua ansiedade. Descreva o que ocorre no mundo externo a você. Tire a atenção do seu interior.

Passo 3: Aja como se não estivesse ansioso. “O que eu faria agora se estivesse tudo bem?” Tente diminuir o ritmo. Não fuja da realidade achando que irá fugir da ansiedade.

Passo 4: Libere o ar dos pulmões lentamente. Inspire e expire de forma lenta e gradual. Sem pressa. Sem certo ou errado. Apenas deixe que o ar circule.

Passo 5: Mantenha os passos anteriores. Refaça-os outra vez na mesma ordem –> aceitar, contemplar, agir e respirar.

Passo 6: Examine seus pensamentos –> sem precipitações. Apenas veja como está pensando. Procure analisar seus pensamentos e busque traços de realidade neles. Pense racionalmente.

Passo 7: Sorria, você conseguiu! Olha só, você já chegou aqui, e posso acreditar que já se sente melhor. A vida é feita de fases e você está conseguindo passar por essa. Aceitando sua ansiedade, logo você estará sabendo lidar com ela cada vez melhor.

Passo 8: Espere pelo futuro com aceitação. A ansiedade não vai desaparecer como em um passe de mágica. Mas tenha em mente que da próxima vez que ela aparecer, você já estará mais seguro para entendê-la.

Esse é o passo a passo da técnica A.C.A.L.M.E-S.E do professor Rangé.

Uma dica? Familiarizar-se com ela é a melhor opção, e por isso, não deixe para tentar fazê-la somente quando estiver em uma crise de ansiedade. Leia o passo a passo quando estiver bem e isso fará com que você esteja ainda mais preparado.

Vamos juntos?

Espero que tenham gostado do texto.

Até  a próxima.

Ticiana

Cartões de enfrentamento: você sabe o que é e para que serve?

 

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Na terapia cognitivo comportamental buscamos mecanismos para melhorar a o dia a dia do indivíduo.
Às vezes, o nosso pensamento é traiçoeiro e nos prega peças, e esses pensamentos são ditos disfuncionais, ou seja, não funcionam para nossa saúde mental.
Um dos mecanismos que temos disponíveis na TCC são os cartões de enfrentamento.
Mas o que são esses cartões?
Os cartões de enfrentamento são frases motivacionais e realistas que ajudam as pessoas a manterem o foco, ou a verem as coisas por uma lente menos negativa, naqueles momentos em que tudo parece desmoronar.
A ideia é pedir para o cliente/ paciente que escreva em um cartão frases que o ajude a passar por alguma situação desafiadora e conseguir forças para tal.
Essa estratégia é muito boa para pacientes com ideação suicida, como também para os procrastinadores e com humor depressivo. São lembretes de que a vida e as metas valem a pena.
Fazer um cartão de enfrentamento teoricamente é fácil, basicamente é colocar nele motivos reais para continuar ou começar algo. A dica é fazer esse cartão em um momento em que as coisas estejam relativamente bem e suas ideias estejam tranquilas. Após feito, ele deve estar sempre com você, por isso, é importante que o seu cartão de enfrentamento seja de um tamanho ideal para estar na bolsa ou na carteira. Hoje em dia com a tecnologia, até o bloco de notas do celular pode servir de lugar para fazer o cartão de enfrentamento.
E quando ler o seu cartão? Assim como nos preparamos para tudo na vida, o cartão de enfrentamento deve ser lido todos os dias, de preferência pelo menos duas vezes, mesmo que nesses momentos você esteja se sentindo motivado. É sempre bom reforçar esse ânimo e ajuda a criar um hábito. Afinal, quando estamos acostumados a algo é sempre mais fácil realizar qualquer tarefa, correto?
Você pode fazer vários cartões de enfrentamento: porque devo viver? porque não comer besteiras? porque continuar naquele curso? porque investir em algo? Se aquilo for bom e valer a pena, sempre bom relembrar o motivo.

E aí? Esse texto te ajudou de alguma forma? Me conta nos comentários ou me manda um e-mail ticiana27.11@gmail.com vou adorar saber o seu feedback!

Lembrando também que nenhum texto aqui substitui o processo de psicoterapia.
Não está conseguindo sozinho? Busque ajuda!

Até a próxima,

Ticiana.

Nova identidade visual

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Uma nova identidade. Do jeito que eu queria!

Aqui, no Facebook (Psicóloga Ticiana Araújo Carnaúba) e no Instagram, tudo novo!

Como atuo:

🔹 Psicoterapia
🔹 Orientação Profissional
🔹 Avaliação Psicológica
🔹 Clínica Social
🔹 Palestras

Onde atendo:
📍 Piatã
📍 Paralela (Wall Street Empresarial)

Contato
📲 (71) 9 9280.0204
📨 ticiana27.11@gmail.com

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Você sabe o que são PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS?

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Pensamentos disfuncionais. Pensamentos errôneos. Pensamentos automáticos. Todas essas definições são para um tipo de pensamento, que a Teoria Cognitivo Comportamental (TCC) caracteriza como aqueles que vem de imediato, sem “muito pensar” e que por muitas vezes trazem consigo ideias errôneas ou carregadas de conceitos já estabelecidos pelas crenças de quem pensa.

Segundo Aaron Beck, “os pensamentos automáticos são um fluxo de pensamentos que coexistem com um fluxo de pensamentos mais manifesto” (Beck apud Beck, 2013, p. 159). E eles não são específicos para pessoas com problemas psicológicos. Todos nós os temos.

É bastante comum que automaticamente ao enfrentarmos algo novo, um pensamento errôneo e automático de “eu não vou conseguir” venha à nossa mente. A TCC tem como propósito ensinar ao paciente a usar essa emoção negativa como algo que impulsiona a avaliação desses pensamentos e o desenvolvimento de uma resposta avaliativa. As ferramentas da TCC ajudam a  “avaliar seus pensamentos de forma consciente e estruturada, especialmente quando estão perturbados” (BECK, 2013, p. 159)

Mas porque esses pensamentos também são chamados de disfuncionais e errôneos? Porque acabam por distorcer a realidade, provocam angústia, além de interferirem na capacidade do paciente de atingir seus objetivos.

Os pensamentos automáticos estão intimamente ligados com as emoções, pois quando estes pensamentos surgem, trazem consigo emoções, geralmente carregadas de negativismo. Sendo assim, “as emoções que o paciente sente estão conectadas logicamente ao conteúdo dos seus pensamentos automáticos” (BECK, 2013, p. 160).

O grande problema dos pensamentos automáticos é o fato deles serem breves e carregarem “conclusões” impensadas de quem os têm. Eles podem ocorrer de forma verbal, visual, ou ambas. Mas com a intervenção da TCC, a pessoa se torna apta a reconhecer esses pensamentos, analisa-los, identificar quais emoções estão envolvidas e por fim, conseguir racionaliza-los da melhor maneira possível.

Uma característica imprescindível para afastar esses pensamentos errôneos é ser flexível, ter a capacidade de se adaptar às circunstâncias da vida cotidiana. O psicólogo Albert Ellis em seus estudos, concluiu que as pessoas, em geral, tendem a ter pensamentos de forma irracional e derrotista (EDELMAN, 2014).

Segundo Eldman (2014), existem alguns pensamentos e atitudes que as pessoas costumam adotar que fazem com que os pensamentos errôneos se fortaleçam.

São eles, segundo ELDMAN, 2014, p. 35 – 53 :

# Pensamento catastrófico: “tendência comum a exagerar os aspectos e as consequências negativas de acontecimentos passados, presentes ou futuros“;
# Pensamento preto e branco: “tendência de ver tudo de forma polarizada – boa ou ruim – ignorando o campo intermediário“;
# Generalizar de forma excessiva: “tirar conclusões negativas sobre nós mesmos, outras pessoas e situações de vida baseados em limitados indícios“;
# Personalizar: quando “atribuímos caráter pessoal ao que nos acontece, sentimo-nos responsáveis por circunstâncias que não são culpa nossa ou supomos incorretamente que as respostas de outras pessoas são dirigidas a nós“;
# Filtragem: quando se nota “apenas os elementos negativos de uma situação“;
# Tirar conclusões precipitadas
# Rotular, comparar, entre outras. 

Finalizando, a TCC se dispõe a ensinar técnicas para que as pessoas possam adquirir melhores formas de pensamento, identificando os padrões já pré-estabelecidos, que lhes causam ansiedade e emoções angustiantes, podendo a partir de então melhor monitorar tais cognições para que seja possível uma vida mais saudável, em termos psicológicos.

REFERÊNCIAS:

BECK, J. S. Terapia Cognitivo Comportamental: teoria e prática. 2. ed. – Porto Alegre: Artmed, 2013.

ELDMAN, S. Basta pensar diferente: como a ciência pode ajudar você a ver o mundo por novos olhos. 1ª.ed. São Paulo: Editora Fundamento Educacional Ltda., 2014.

Conhecendo a TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL

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Iniciei minha atuação como psicóloga clínica sob a luz da Teoria Sistêmica, e continuo tendo essa linha teórica como minha “linha mãe”, mas como todo psicólogo sabe, não existe uma rigidez de teoria. Você pode ter uma linha teórica base, mas jamais deve abrir mão do amplo conhecimento que todas as teorias trazem ao setting terapêutico. E por isso, senti a necessidade de procurar além da teoria sistêmica, alguma outra ferramenta que me desse um embasamento além de teórico, também prático, e assim pesquisando principalmente sobre técnicas, me deparei com a Psicologia Cognitivo-comportamental, e encontrei nela as ferramentas para agregar ainda mais conhecimento e sustância em meus atendimentos. E por esse motivo que trago aqui hoje um pouco sobre a TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL, ou TCC, em uma breve introdução acerca do tema.

Segundo (BECK, 2013, p. 22), a TERAPIA COGNITIVA-COMPORTAMENTAL é “uma psicoterapia estruturada, de curta duração, voltada para o presente, direcionada para a solução dos problemas atuais e modificação de pensamentos e comportamentos disfuncionais”. O objetivo principal do terapeuta cognitivo-comportamental é ajudar o paciente a modificar o seu pensamento acerca de determinado assunto, além de suas crenças, com o propósito de mudança emocional e comportamental duradoura. De acordo com CADE (2001) apud CORDIOLI (2008), o intuito da TCC é trabalhar também habilidades de relacionamento, ajustamento social, controle do estresse, entre outros para um melhor ajustamento social, e consequentemente controle sobre a sua situação atual perante ao mundo.

O foco da atuação da TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL são os “pensamentos automáticos”, enraizados pelas crenças do paciente, que por vezes podem gerar pensamentos disfuncionais, acabando por influenciar tanto o humor, quanto o próprio pensamento daqueles que o possuem. Para isso, a proposta da TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL é trabalhar em um nível mais profundo de cognição, ou seja, no nível das crenças básicas do paciente sobre si mesmo, o mundo em que vive e as pessoas que fazem parte da sua vida. E é nessa premissa que segundo BECK (2013) são realizadas as técnicas sob a luz da TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL, identificados os pensamentos automáticos, estes ligados às emoções, o terapeuta deve ajudar os pacientes a identificar, saber avaliar e ter subsídios para responder a esses pensamentos de forma mais realista, apresentando melhora mais rapidamente do que algumas outras técnicas. Tais pensamentos automáticos podem ser funcionais ou disfuncionais, sendo estes últimos o alvo da TCC.

Segundo CORDIOLI (2008), na TCC o paciente identifica as suas distorções cognitivas, podendo a partir de então corri-las, apresentando conseqüentemente uma melhora clínica. O ajustamento proposto pela TCC é fundamentado em ajudar ao paciente a agir e pensar de forma mais realista, adaptando-se aos problemas e minimizando os seus sintomas.

Porem se engana quem acredita que para a TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL o passado do paciente não é importante. Para a TCC é de suma importância contextualizar o paciente, levando em conta acontecimentos da sua infância, de seus momentos atuais, de sua constituição familiar, suas emoções, seu crescimento e formação de sua personalidade, para um quadro amplo de sua contingência.

Terapia Cognitivo Comportamental Psicologo Uberlândia-MG

A TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL pode ser utilizada em diversos casos tais como: sintomas de esquizofrenia, demência, insônia, tabagismo, conflitos familiares, autismo, fobias, disfunção sexual, bulimia nervosa, dor crônica, vítimas de abuso sexual, promoção de saúde, transtorno bipolar, porém, tem sido amplamente utilizada no tratamento da depressão e da ansiedade, tendo em vista que o seu princípio é o mesmo, mas a sua forma de abordagem sofre algumas modificações para melhor atender a cada caso. Para os casos de depressão, o mais indicado é ajudar o paciente a identificar os seus pensamentos negativos, principalmente acerca deles mesmos, e fazerem uma avaliação mais realista da situação. Já os pacientes que procuram a terapia por problemas de ansiedade, a TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL prioriza a melhor avaliação do risco das situações que estes pacientes temem, e entenderem quais reais recursos possuem para o enfrentamento, e caso seja necessário, melhorar tais recursos.

Ainda segundo BECK (2013, p. 27-31), existem dez princípios básicos da TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL:

Princípio 1: A TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL está baseada em uma formulação em desenvolvimento contínuo dos problemas dos pacientes e em uma conceituação individual de cada paciente em termos cognitivos.

Princípio 2: A TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL requer uma aliança terapêutica sólida.

Princípio 3: A TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL enfatiza a colaboração e a participação ativa.

Princípio 4: A TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL é orientada para os objetivos e focada nos problemas.

Princípio 5: A TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL enfatiza inicialmente o presente.

Princípio 6: A TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL é educativa, tem como objetivo ensinar ao paciente a ser seu próprio terapeuta e enfatiza a prevenção de recaída.

Princípio 7: A TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL visa ser limitada no tempo.

Princípio 8: As sessões da TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL são estruturadas.

Princípio 9: A TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL ensina os pacientes a identificar, avaliar e responder aos seus pensamentos e crenças disfuncionais.

Princípio 10: A TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL usa uma variedade de técnicas para mudar o pensamento, o humor e o comportamento.

Diante desses princípios, pode-se dizer que a TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL visa uma melhora definitiva, rápida e consistente para os problemas disfuncionais, vindos essencialmente dos pensamentos automáticos que desenvolvemos no decorrer da nossa vida.

REFERÊNCIAS:

BECK, J. S. Terapia Cognitivo-comportamental: teoria e prática. 2ª Ed. – Porto Alegre: Artmed, 2013

CORDIOLI, A. V. (organizador). Psicoterapias: abordagens atuais. 3ª Ed. – Porto Alegre: Artmed, 2008.