A coragem de ser você

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Oi, pessoal, o texto dessa semana do blog vai ser um pouco diferente, pois trago uma reflexão, mais do que dados concretos.

A ideia me surgiu do cotidiano mesmo, talvez por estar lendo “A coragem de ser imperfeito” de Brené Brown (inclusive o título vem daí), ou também por estar vendo, principalmente nas redes sociais, movimentos de “aceite-se” cada vez mais importantes.

Pessoas como a Rayza Nicácio (@rayzanicacio), a Mirian Bottan (@mbottan), a Carolinie Figueiredo (@carolinie_figueiredo), a Samara Felippo (@sfelippo), a marca aqui de Salvador Quero Bloom (@querobloom), a Iasmine Fernandes do #vamoscachearomundo (@vamoscachearomundo) para citar algumas pessoas que estão fazendo exatamente isso, tendo coragem de serem elas mesmas. Seja assumindo os cachos, o corpo, as ideologias, a rédea da vida, as imperfeições, elas estão se assumindo, e é muito bonito de ser ver.

E por conta de tudo isso, eu te pergunto: você tem coragem de ser você mesmo? De assumir o que você gosta? De assumir as suas decisões? De assumir que você é um ser imperfeito, e está tudo bem. Aliás, a sociedade dita “perfeições”, padrões que nós aprendemos que devemos cumprir, mas tenho percebido que esses padrões estão sendo quebrados. Afinal, a vida é mutável, na época renascentista “as gordinhas” eram o padrão de beleza, nos anos 80 as ombreiras reinavam, no passado alisar o cabelo era ser bonita. E isso está mudando. Por que você também não muda o seu jeito de se olhar?

Porém é importante dizer que se aceitar não é sinônimo de não se cuidar. Às vezes as pessoas tem a falsa ideia de que quando a pessoa se aceita ela “não tem mais trabalho”, se ela assume os cachos, ela não tem mais que ir no salão; se ela assume “as gordurinhas” para que fazer exercício? Não. Não. Não. Se cuidar é necessário até nas suas imperfeições. Exercite-se , cuide-se, ame-se. Mas como você é. E evolua sempre. Busque sempre o seu melhor, e não o melhor para o outro. Assumir quem você é, é fazer de você a pessoa mais importante do seu mundo! Afinal, não é a toa (nem maldade!) que quando as máscaras de oxigênio caem num voo, você deve colocar primeiro a sua, pois como você irá cuidar e ajudar os outros se não estiver bem?

Viva com ousadia!! E aqui trago o inicio do livro de Brené Brown, quando ela diz que viver com ousadia é se entregar por completo, é ser vulnerável, e saber que essa vulnerabilidade  é compreender que o ser humano precisa de vitórias e derrotas. Precisamos ter coragem de viver, de entrar na “arena da vida” sendo nós mesmos. Ser perfeito não existe na realidade, e é um padrão que ninguém nunca vai alcançar. Viver com ousadia é ter coragem de ser você, tomar as rédeas da sua vida e partir para o sua viagem, que é só sua. Tome coragem. Viva!

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Obrigada por ler até aqui e até o próximo texto!

Ticiana.

Cartões de enfrentamento: você sabe o que é e para que serve?

 

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Na terapia cognitivo comportamental buscamos mecanismos para melhorar a o dia a dia do indivíduo.
Às vezes, o nosso pensamento é traiçoeiro e nos prega peças, e esses pensamentos são ditos disfuncionais, ou seja, não funcionam para nossa saúde mental.
Um dos mecanismos que temos disponíveis na TCC são os cartões de enfrentamento.
Mas o que são esses cartões?
Os cartões de enfrentamento são frases motivacionais e realistas que ajudam as pessoas a manterem o foco, ou a verem as coisas por uma lente menos negativa, naqueles momentos em que tudo parece desmoronar.
A ideia é pedir para o cliente/ paciente que escreva em um cartão frases que o ajude a passar por alguma situação desafiadora e conseguir forças para tal.
Essa estratégia é muito boa para pacientes com ideação suicida, como também para os procrastinadores e com humor depressivo. São lembretes de que a vida e as metas valem a pena.
Fazer um cartão de enfrentamento teoricamente é fácil, basicamente é colocar nele motivos reais para continuar ou começar algo. A dica é fazer esse cartão em um momento em que as coisas estejam relativamente bem e suas ideias estejam tranquilas. Após feito, ele deve estar sempre com você, por isso, é importante que o seu cartão de enfrentamento seja de um tamanho ideal para estar na bolsa ou na carteira. Hoje em dia com a tecnologia, até o bloco de notas do celular pode servir de lugar para fazer o cartão de enfrentamento.
E quando ler o seu cartão? Assim como nos preparamos para tudo na vida, o cartão de enfrentamento deve ser lido todos os dias, de preferência pelo menos duas vezes, mesmo que nesses momentos você esteja se sentindo motivado. É sempre bom reforçar esse ânimo e ajuda a criar um hábito. Afinal, quando estamos acostumados a algo é sempre mais fácil realizar qualquer tarefa, correto?
Você pode fazer vários cartões de enfrentamento: porque devo viver? porque não comer besteiras? porque continuar naquele curso? porque investir em algo? Se aquilo for bom e valer a pena, sempre bom relembrar o motivo.

E aí? Esse texto te ajudou de alguma forma? Me conta nos comentários ou me manda um e-mail ticiana27.11@gmail.com vou adorar saber o seu feedback!

Lembrando também que nenhum texto aqui substitui o processo de psicoterapia.
Não está conseguindo sozinho? Busque ajuda!

Até a próxima,

Ticiana.

Como funciona a Terapia Cognitivo Comportamental (TCC)


A Terapia Congnitivo comportamental ou TCC é uma das linhas teóricas da psicologia. É a linha na qual atendo meus pacientes. E é aquela que mais me identifico.

Mas como ela funciona? De forma simples, irei explicar o funcionamento básico dessa forma de fazer psicologia.

A TCC, como seu nome já diz, trabalha no âmbito da cognição (pensamentos) e do comportamento, aliando um ao outro. Ela entende que pensamentos regem os comportamentos, e se algo que você faz, não está do seu agrado, busque entender como você está pensando.

A terapia é feita em clínica, com sessões semanais, de duração de cinquenta minutos cada, porém não é uma terapia onde o cliente/ paciente somente fala, ele age também.

A fala e a escuta são importantes na TCC, mas por se tratar de uma linha teórica que prioriza também o comportamento, este não poderia
deixar de se fazer presente por meio de ações propostas. Ações essas que os terapeutas cognitivos comportamentais chamam de “atividades” ou mais recentemente de “planos de ação”, que nada mais são do que indicações de tarefas para serem feitas entre sessões, para que se tenha uma maior continuidade no que vem sendo feito durante os encontros.

Além disso, a TCC tem como objetivo maior, transformar o cliente/ paciente em seu próprio terapeuta. Sim! Ao fazer terapia na TCC, você adquire ferramentas para seguir sozinho depois de um tempo!
A premissa básica é “mude seu pensamentos, e mudará suas ações
(comportamento)”. Mas o inverso também se faz presente, pois muitas vezes, é necessária uma mudança de comportamento para que pensamentos sejam modificados.

Muitos acreditam que a TCC é mecânica e que não se aprofunda, ou apelidam ela de “mágica”, pois há promessas de melhoras em pouco tempo. Mas não, isso não é verdadeiro. A TCC pode ajudar em curto espaço de tempo algumas pessoas? Sim, pode. Mas em casos pontuais, de pessoas que buscam terapia para fobias, por exemplo, mas existem demandas que são mais sólidas e que necessitam de um maior tempo de trabalho. E sim, a TCC se aprofunda, mas
de um jeito prático, onde o cliente/ paciente é ator principal em sua própria mudança.

Não aceite promessas mágicas, nem na TCC, nem em nenhuma
outra abordagem.
Faça terapia. Busque ajuda.

Tem mais dúvidas sobre esse processo ou quer agendar uma sessão de avaliação, entre em contato (71) 9 9280 0204.
Ticiana Araújo Carnaúba
(psicóloga clínica e orientadora profissional CRP 03 11253)