Dando continuidade às postagens sobre os meus serviços na clínica, hoje vou falar sobre a avaliação psicológica, com ênfase em porte de arma e concursos públicos.
Muitos ainda não sabem, mas é o psicólogo quem emite tais laudos.
Alguns concursos públicos, quando o candidato é aprovado, solicitam um laudo de avaliação psicológica, e esse documento deve ser elaborado por um profissional da psicologia capacitado, pois existem certos aspectos que devem constar nesses documentos, que somente o profissional de psicologia é apto para realizar. O mesmo ocorre com pessoas que desejam tirar ou renovar o porte de arma.
Mas por que o profissional de Psicologia é capacitado para tal tarefa? Porque uma avaliação desse porte é feita a partir de testes psicológicos, os quais, somente os profissionais da Psicologia estão habilitados para realizar. São feitos testes de atenção, inteligência, raciocínio lógico, personalidade para que sejam validadas informações acerca do candidato, de forma correta.
Um cuidado que as pessoas devem ter é com os “falsos” profissionais que dizem estarem aptos para tal função. Sempre que buscar um profissional de psicologia, ele deve estar inscrito em seu Conselho regional e caso solicitado, fornecer o seu número de inscrição. Outro cuidado que deve ser levado em conta são com pessoas que publicam na internet “dicas” de como passar em tais testes. Essas dicas são na verdade falsas ilusões. Não se deixe enganar!
As sessões de avaliação geralmente duram duas horas, onde são feitos testes psicológicos e entrevista por parte do psicólogo. Os candidatos devem dormir bem, se alimentar e estarem dispostos para o processo.
Ficou com alguma dúvida em relação a esse assunto? Entre em contato pelo e-mail ticiana27.11@gmail.com
Um abraço e até o próximo post.
Ticiana Araújo Carnaúba
(psicóloga clínica e orientadora profissional)
Orientação Profissional é uma das vertentes da psicologia, e os psicólogos podem se especializar nessa função, tornando-se assim orientadores profissionais. No entanto, ainda existem profissionais pouco especializados, que após a formação generalizada na psicologia, atuam como orientadores profissionais, o que pode acarretar em trabalhos superficiais.
Algumas pessoas ainda tem em mente que Orientação Profissional é apenas aplicação de testes, porém a Orientação Profissional vai muito além disso. Testes psicológicos são ferramentas que podem ser utilizadas para ajudar no processo, sendo uma fase da orientação, porém somente tais testes fazem com que o processo seja insipiente e passe uma falsa ideia de “conclusão”. Porém, a Orientação Profissional deve ser tida como um processo, como o alinhamento das habilidades pessoais de cada um e as características do mercado de trabalho e suas profissões, e não como uma escolha determinada na vida de uma pessoa. Afinal, porque deveríamos escolher algo no início da vida adulta e permanecer nessa escolha durante toda a vida? Será que aos 17/ 18 anos estamos realmente aptos para tal escolha? O que realmente permeia a escolha profissional?
FONTE: Google
Afinal, o que é a escolha profissional? O ato de escolher é “decidir entre uma série de opções aquela que nos parece melhor” (Lucchiari, 2008, p.16), e sendo assim, o escolher a profissão seria decidir entre tantas quais as que parece melhor para o seu futuro, ou aquela que realize as suas aspirações profissionais. Tarefa essa, que nos dias atuais está ficando cada dia mais complexa, devido às possibilidades de novos cursos e especializações, além dos cursos técnicos, guiados pelas novas tecnologias, que fazem com que cada vez mais, a informação chegue ao jovem em uma velocidade extrema. E qual o papel da Orientação Profissional? Segundo Lucchiari (1993), o objetivo é “facilitar o momento da escolha ao jovem, auxiliando-o a compreender sua situação específica de vida, na qual estão incluídos aspectos pessoais, familiares e sociais. É a partir dessa compreensão que ele terá mais condições de definir qual a melhor escolha – a escolha possível – no seu projeto de vida” (p.12).
Sendo assim, orientar profissionalmente não é dar a “certeza absoluta” da escolha, mas sim preparar a pessoa para escolher de forma mais consciente e assertiva.
É importante também mencionar que diversos são os fatores que afetam – direta ou indiretamente a escolha profissional – sejam eles políticos, econômicos, sociais, educacionais, psicológicos, e sobretudo, familiares. Sim, a família influencia muito no momento da escolha, seja pelas expectativas dos pais para com os filhos, como as expectativas do próprios filhos, em seu lugar na família. A escolha profissional acaba sendo um projeto dos pais, assim como um projeto dos filhos.
FONTE: Google
Uma dúvida que muitas vezes existe: orientação vocacional ou orientação profissional? A psicóloga Dulce Helena Penna Soares, doutora em Psicologia Clínica e fundadora do LIOP (Laboratório de Informação e Orientação Profissional), afirma em seu livro “a escolha profissional do jovem ao adulto” (2002) que “vocação não existe. Ninguém nasce para uma profissão apenas. Toda história pessoa de cada um, onde nasceu, como viveu, as oportunidades na vida para experimentar uma série de coisas, vai dizer as possibilidades futuras” (p.100). Sendo assim, a nomenclatura hoje em dia mais utilizada é orientação profissional. No entanto, nas publicações norte americanas você ainda encontra a nomenclatura “orientação vocacional”, enquanto as publicações francesas usam o termo “orientação profissional” e as publicações argentinas fazem uso da nomenclatura “orientação ocupacional”, e todas se referem à mesma coisa.
No Brasil, a Orientação Profissional está muito vinculada ao âmbito escolar, mas ela também é realizada em atendimento clínico, sendo comparada com uma terapia breve ou de apoio, uma vez que, tem um único foco: a dificuldade profissional (SOARES, 2002).
Uma outra modalidade que vem crescendo junto à Orientação Profissional é o trabalho de reorientação profissional, tendo em vista as crescentes transformações sociais. Mas o que vem a ser a reorientação profissional? Segundo Garcia (2000) apud Soares (2002), “a reorientação profissional tem por objetivo […] resgatar os projetos profissionais daquele que, em um momento de sua vida, engajou-se numa escolha sem ter passado por questionamentos, ou importou-se apenas em viver aquele momento, ou ainda, considerou apenas o futuro, sem levar em conta todo o processo decisório pelo qual estava passando” (p.147), e nesse momento a maior dificuldade que a pessoa em reorientação profissional enfrenta é romper com o que já foi construído, e muitas vezes recomeçar do início.
Por tanto, o processo de Orientação e Reorientação Profissional é algo trabalhoso e progressivo, que requer alguns encontros e a conexão do “eu” com o mercado e as diversas possibilidades que existem.
FONTE: Google
Está com dificuldade de escolha, ou se encontra em um momento de dúvidas dentro da profissão escolhida? Procure ajuda de um psicólogo orientador profissional e busque um maior entendimento sobre as suas possibilidades.
Ticiana Araújo Carnaúba
Psicóloga e Orientadora Profissional
CRP 03/11253
REFERÊNCIAS:
LUCCHIARI, Dulce H.S. O que é escolha-profissional. 3 ed. rev. e ampl. – São Paulo: Brasiliense, 2008. (Coleção primeiros passos; 212).
________________(org.) Pensando e vivendo a Orientação Profissional – São Paulo: Summus, 1993.
SOARES, Dulce H.P. A escolha profissional: do jovem ao adulto – São Paulo: Summus, 2002.